Imperial Torte
Foi a minha última verdadeira iguaria de 2005.
Quinta-feira, 00h30. O telefone tocou. Era o meu amigo V., contente, porque a A. lhe tinha trazido do Fortnum&Mason uma das famosas Imperial Torte, originárias do hotel com o mesmo nome em Viena, na Áustria.
Assim como as Sacher, as Imperial são ex-libris da doçaria vienense. Confesso que nunca tinha ouvido falar delas, eventualmente porque, e aí contrariamente às Sacher, a receita é mantida em segredo e o Hotel Imperial é o único a produzi-las. Estive em Viena uma única vez, teria os meus 19 anos, e apesar de a cidade me ter fascinado desde o primeiro momento, não foi preciso mais do que entrar num MacDonald's para desde logo a considerar quase proibitiva em termos de preços. Ou seja, Hotel Imperial nem vê-lo. Mesmo que o tivesse visto, desconhecia o que ele escondia.
Voltamos à madrugada de sexta-feira.
"Se estivesses em Lisboa até te dizia para vires cá a casa prová-la..."
Mas eu estou em Lisboa. E mesmo já de pijama vestido, mesmo não sendo propriamente horas de se visitar ninguém... eu tinha de provar a dita torte. "Do melhor que já comi", ouvi do outro lado.
Até já.
E foi assim que conheci esta nova amiga, a Imperial Torte. Sim, porque já a tomo como amiga, de tal forma foi a empatia gerada com o nosso contacto.
A ocultar uma sucessão de camadas de um fino financier de amêndoa e um creme de chocolate, porventura uma ganache de chocolate de leite, bem firme, uma câmada de massapão coberta por uma outra fina camada de chocolate de leite. Era disso que se tratava.
Irresistível. Óptima. Deliciosa. Subtil.
Comentário : É a AirBerlin ou a GermanWings que voa barato para Viena?
0 Comments:
Post a Comment
<< Home