xocolate

ponto de encontro dos amantes de chocolate... e doutras coisas doces, menos doces e salgadas

Thursday, January 18, 2007

Calorias Instantâneas


Desde há algum tempo que passámos a ver duma forma mais frequente e banal nos nossos supermercados uns pacotes com massa para bolos, à qual apenas basta juntar uma forma untada e um forno quente para obtermos o pretensamente delicioso produto final.

De facto dá jeito, é rapido, não enche a máquina de lavar louça... mas será que o produto final é de fiar?

Dispus-me a tentar (já há bastante tempo diga-se, mas ainda não tinha dissertado sobre o assunto).

Comecei pelos da Nestlé. Pelo mais óbvio - o de chocolate. Passou no teste : sabe a chocolate, não fica hiper-seco, e inclusivé como base para coisas mais elaboradas é perfeitamente aceitável.

De seguida passei ao de limão. Superior ao de chocolate, sem dúvida. Mais uma boa base para bolos frios por exemplo.

Até que um dia descobri que o Pingo Doce já tinha a sua linha própria de massa de bolo. Chocolate, pois claro - mas esse não o experimentei. Resolvi tentar a sorte com um Bolo de Straciatella, que mais não é que um bolo aromatizado de baunilha e que contém pedaços de chocolate pelo meio. O sabor é algo estranho, sobretudo se o provarmos quente. Mas positivamente estranho. E aliado à leveza da massa é sem dúvida uma experência a repetir. E assim foi, repeti-o como mostra a foto, coberto com chocolate de leite.

Tudo isto para chegar à conclusão que afinal instantâneo não siginifica necessariamente de qualidade inferior. Ou pelo menos escandalosamente inferior.

Tuesday, January 16, 2007

Lisboa à Prova


Pasmem-se : estamos em 2007 e não existe um guia, de edição nacional, de restaurantes de Lisboa ou do país que os classifique. Que lhes dê notas. Que diga - independentemente de concordarmos ou não com os critérios dessa avaliação - que este restaurante é Bom, aquele é Óptimo, e o outro é Péssimo. Os portugueses fogem da avaliação como o Diabo da Cruz...
Parece que finalmente se percebeu que precisamos do nosso Zagat, do nosso Michelin, ou tão apenas do nosso Guia Repsol. E a Câmara Municipal de Lisboa, através do pelouro do Turismo, decidiu dar um passo nesse sentido (e deveria ser o Estado a fazê-lo? sinceramente penso que não...)
Foram conhecidos no sábado, na Cordoaria Nacional, os resultados finais do concurso "Lisboa à Prova". Deles sairá, espera-se, a edição do tão necessitado guia.
Tudo começou com 250 restaurantes inscritos (e apenas os inscritos foram avaliados, o que por si só será castrador da credibilidade do tal guia), até que se chegaram a 30 restaurantes ditos "de topo", que foram classificados com 2 ou 3 garfos, consoante a avaliação do júri de elementos ligados à restauração e hotelaria que anonimamente (sim, neste país ninguém conhece ninguém) visitou os diversos espaços a concurso.

Segundo o júri do Lisboa à Prova, os melhores restaurantes da capital, classificados com 3 garfos, são (por tipos):
cozinha de autor
Eleven
Galeria Gemelli
Na Ordem... com Luís Suspiro
O Terreiro do Paço
Pragma
Valle Flôr
Varanda
cozinha do mundo
Luca
cozinha tradicional
O Poleiro

Com 2 garfos ficaram:
cozinha de autor
Ad-Lib
Belém Bar Café
Casa da Comida
Estufa Real
Faz Figura
Flores
Il Gattopardo
Olivier Restaurante
Resturante Bar Kais
Tavares Rico
Terraço
cozinha do mundo
A Travessa
Spot Lx
VIII Colina
Vírgula
cozinha tradicional
A Charcutaria
A Commenda
Nariz de Vinho Tinto
O Galito
Solar dos Nunes
Tromba Rija

Já as escolhas do público foram bastante diferentes : Solar dos Nunes, O Espírito dos Tachos e O Poleiro foram os eleitos.

A quem participou, fica o voto de louvor por não terem medo da avaliação, mesmo sabendo que ela poderia ser injusta e "provocar danos". A quem não participou, sobretudo às declarações ridículas do Pap'Açorda - esse restaurante de "elite" que serve Peixinhos da Horta entre outras iguarias sofisticadas - fica a esperança de que percam o medo e participem numa próxima edição.