xocolate

ponto de encontro dos amantes de chocolate... e doutras coisas doces, menos doces e salgadas

Tuesday, January 31, 2006

Livros para Cozinhar

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Não lhes gosto de chamar nem Livros de Cozinha nem Livros de Receitas. Até porque alguns deles nem o são. Aqui fica a lista dos meus actuais Livros para Cozinhar...

THE NAKED CHEF
Jamie Oliver

FEAST – FOOD TO CELEBRATE LIFE
Nigella Lawson

ON FOOD AND COOKING : THE SCIENCE AND THE LORE OF THE KITCHEN
Harold McGee

WHAT EINSTEIN TOLD HIS COOK : KITCHEN SCIENCE EXPLAINED
Robert L. Wolke

EL BULLI 2003-2004
Ferran Adriá + Juli Soler

FORMULAS FOR FLAVOUR : HOW TO COOK RESTAURANT DISHES AT HOME
John Campbell

CHOCOLATE : TENTAÇÕES & PRAZERES
Carlo Vischi + Mário Busso

SABORES DE HOJE
HélioLoureiro

À MESA COM OS CHEFS EUROPEUS : SOBREMESAS
Donald Lutz e outros

À MESA COM OS CHEFS EUROPEUS : DOÇARIA
D.E. Griffiths e outros

A MINHA COZINHA
Helena Sacadura Cabral

CHOCOLATE
V.A

O LIVRO DE PANTAGRUEL
Bertha Rosa-Limpo

entre outros que a seu tempo actualizarei...

Sunday, January 29, 2006

sorbets à la neige


O que fazer com tanta neve? Sobremesas geladas pois claro.
O processo é simples e aparece indicado pela Clotilde no seu Chocolate&Zuchinni

É so misturarem compota a vosso gosto com neve (que preferencialmente não recolheram do chão...) e obtêm um delicioso sorvete... um sorbet à la neige.

Wednesday, January 25, 2006

depois da cavaca... a Trouxa

Monday, January 23, 2006

Quatro Estações

Outono
chiffon de cacau envolto em massa folhada com molho de chocolate negro
Inverno
chiffon de cacau com "chuva" de chocolate negro e natas

Primavera

chiffon de cacau com compota de frutos silvestres e pedaços de banana


Verão

chiffon de cacau com sorvete de limão

Sunday, January 22, 2006

a hora da Cavaca



Chegou a hora da Cavaca.
Faça você mesmo :

(segundo receita de Felícia Sampaio, editora do Roteiro Gastronómico de Portugal)

Para a massa :
12 ovos
500g farinha de trigo
60g de manteiga

Para a calda :
500g açucar
2dl água

Deitem a farinha num alguidar e juntem os 12 ovos, que se batem até fazer uma massa homogénea e consistente, mas não demasiado espessa, (se ficar muito espessa junta-se mais ovos, se ficar pouco espessa junta-se farinha).
Estando a massa no ponto junta-se a manteiga derretida, batendo bem para que a manteiga fique bem incorporada.

Na pedra da mesa vão-se tendendo pequenos bocados de massa, dando forma redonda com 6 a 7 cm de diâmetro, que se poem num tabuleiro untado com margarina e leve a forno médio a cozer.

Estando cozidas e frias prepara-se a calda de açúcar.
Num tachinho leve ao lume o açúcar e a água deixe ferver até fazer ponto de espadana.
Retirem do lume e batam fortemente com as varas, mergulhando nele as cavacas e tirando logo para as deixar secar ao ar.

Thursday, January 19, 2006

Tarteletes de chocolate

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This one is easy...

Sabem aquelas embalagens de massa quebrada para tartes que encontram nos supermercados? Comprem uma, cortem em rodelas e forrem forminhas de queque com a massa. Aparem bem e coloquem outra forma por cima da massa e levem ao forno durante 30 a 40 minutos.

Uma lata de leite condensado magro, 200g de chocolate e 100ml de natas é tudo o que precisam de seguida.

Derretam metade do chocolate em banho-maria. Quando estiver derretido juntem metade do leite condensado e misturem bem até ficar homogéneo. Reservem

Quando tirarem as formas do forno levem a ferver a mistura das natas com o restante leite condensado. Quando ferver retirem do lume e juntem o restante chocolate. Misturem bem e quando estiver o chocolate completamente derretido juntem a anterior mistura de chocolate e leite condensado que tinham reservado.

Agora basta encher as pequenas tartes e esperar que o chocolate arrefeça. O passo seguinte será escusado de dizer qual é...

Monday, January 16, 2006

chiffon de cacau

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O meu primeiro chiffon foi comido na praia da Foz do Arelho, talvez no Verão de 93 ou 94.
As várias mães decidiram fazer um mega-lanche de praia, e no meio das diversas iguarias que pairavam à sombra dos vários toldos unidos estava um chiffon de chocolate. Foi aí que tudo começou.

Rapidamente a receita chegou às mãos de má mére e multiplicou-se vezes a fio... Com um senão - cada passo adiante em repetição da mesma era (e vejo-o hoje, porque na altura a exigência era diferente) um passo atrás em qualidade da sua execução.

Os chiffon são bolos delicados. Conseguem aliar a leveza extrema dum bolo-anjo com a rica e húmida textura dos bolos de manteiga. E o sucesso reside o rigor com que são feitos.

A receita de hoje não foi a desse chiffon da praia. A receita de hoje (o meu primeiro chiffon, diga-se) é a de Bertha Rosa-Limpo no seu Livro de Pantagruel.

Todos os chiffon - independemente daquilo com que são aromatizados - são elaborados segundo o mesmo processo base, que é muito simples :

Duas tijelas - uma grande e outra mais pequena.
Na tijela pequena juntam-se, após peneirados, todos os ingredientes secos (farinhas, fermento, açucar, e neste caso também o cacau em pó).
Na tijela maior batem-se as claras em castelo bem firme, às quais se adiciona meia colher de chá de bicarbonato de sódio quando começam a fazer espuma.
Na tijela pequena abre-se uma cova ao centro e deitam-se, por esta ordem, o óleo, as gemas, os líquidos e as essências (quando for caso disso). Bate-se tudo até ficar uma massa cremosa.
Junta-se a massa às claras batidas em castelo e - agora MUITA atenção - envolve-se a massa nas claras com uma espátula de plástico, em movimentos circulares de fora pra dentro e de cima para baixo, rodando a tijela sempre no mesmo sentido. Técnica à parte, aquilo que se pretende é obter uma mistura homogénea sem que as bolhas de ar das claras em castelo sejam quebradas. Na eficácia deste processo resulta a leveza final - ou não - do chiffon.

Para o chiffon de cacau desta noite utilizei :

180g de farinha de trigo
50g de farinha Maizena
350g de açucar amarelo
70g de cacau em pó (Valrhona)
2 colheres de chá de fermento
125ml de óleo de milho
2dl de água
7 gemas
8 claras

A cobertura foi um merengue de chocolate que resulta na junção de chocolate derretido com manteiga num merengue italiano.

250g de açucar
1dl de água
3 claras
50g de chocolate (mínimo 70% cacau)
30g de manteiga sem sal

Derrete-se o chocolate e a manteiga em banho maria e mistura-se bem até obter uma pasta homogénea. Reserva-se.
Leva-se o açucar e a água a ferver até atingir os 118ºC.
Batem-se as claras em castelo bem firme. Sobre as claras deita-se a calda de açucar (quente, mal se atinja o ponto) e mexe-se muito bem.
Finalmente envolve-se a pasta de chocolate nas claras com uma espátula de plástico até obter uma mistura homogénea.

Mas continuemos no chiffon.
Além do rigor com que se deve fazer a mistura dos ingredientes, o chiffon é um bolo que deve ser cozido em forma NÃO untada, em lume moderado (170-190ºC).

Quando estiver cozido, retirem de imediato do forno e virem a forma ao contrário. Se for de funil apoiem o seu centro num copo ou algo parecido. Se for lisa, apoiem as extremidades em 3 ou 4 copos. O que importa é que a forma fique virada ao contrário e seja criado um canal de circulação de ar sob o bolo que se encontra na forma.

Quando a forma esfriar, com a ajuda duma faca pontiaguda, soltem o bolo em todo o seu diâmetro ( e ao centro, se a forma for de funil). Tapem a forma com o prato onde vão servir e virem ao contrário. Sobre o tampo duma mesa está na hora de virar a forma e dar uma pancada forte e seca - o bolo soltar-se-á facilmente.

E é caso para dizer - DEVEM tentar isto em casa.

Friday, January 13, 2006

Bolas e Bôlas




Hoje fui pela primeira vez às compras ao novo Continente do LouresShopping. E acreditem que valeu a pena.
Em primeiro lugar porque este Continente não é como os outros - este Continente é confortável.
E em segundo lugar, porque este Continente tem coisas que os outros não têm ( e não me estou apenas a referir aos canelonni congelados de marca "Linda McCartney"...)

Neste Continente o pé-direito é variável - não se trata apenas duma mega nave industrial onde se desepejam produtos a pontapé para que alguém os compre. Neste Continente as paredes não são todas brancas. Neste Continente o tecto não é todo ele de chapa metálica.

Numa dessas zonas de pé-direito mais baixo, com tecto colorido e ambiente confortável, fica a secçao de padaria. E a secção de padaria deste Continente também não é como a dos outros - aqui vendem massa de pão, prontinha a levar para casa e com ela fazermos o que nos bem apetecer.

Recordei-me de imediato de Veneza. Da massa fresca para pizza que encontrava nas prateleiras de alguns supermercados em terraferma. E recordei-me também do que eu fazia com essa massa : bolas e bôlas.

Bolas de berlim e Bolas de bacalhau. Delícia da comunidade Erasmus que enchia a nossa casa para festas e jantares. A a elas se juntavam o mui célebre bacalhau com natas e a nossa carne de porco à alentejana. E o difícil que foi encontrar banha de porco !! Ou grassa de maialle, como preferirem.

E foi munido de duas porções com cerca de meio kilo cada uma (num total de menos de dois euros, diga-se de passagem) que rumei a casa.

O resultado está nas fotos - uma bola de berlim, recheada com ovos moles e canela, coberta de açucar em pó, e uma bôla de bacalhau, à moda de Lamego - terra da minha querida avó.

As bolas de berlim não têm muito que contar - basicamente trata-se de massa de pão frita.

A bôla de bacalhau, posso dizer-vos como a faço.

Para uma bôla de 2 pessoas (tabuleiro com 15x30 sensivelmente) contem com:

1/2 Kg de massa de pão

1 posta de bacalhau

meia cebola picada

1 dl de polpa de tomate

2 batatas cortadas em meias rodelas finas

1 gema de ovo

azeite, sal, salsa e vinho branco q.b.

Dividam a massa em 3 partes, duas maiores e idênticas e outra mais pequena. Deixem levedar.

Cozam o bacalhau. Fritem as batatas.

Depois do bacalhau cozido retirem-lhes as espinhas e desfaçam-no em lascas.

Ao lume façam um refogado com a cebola picada e juntem o tomate e o vinho branco. Juntem de seguida o bacalhau e deixem em lume brando até o aroma do vinho desaparecer.

Forrem a base dum tabuleiro, preferência cerâmico, com uma daspartes maiores da bassa, bem estendida, de maneira a cobrir toda a superfície.

Sobre a massa deitem parte do bacalhau e parte das batatas, dispondo aleatoriamente.

Cubram com a porção mais pequena de massa. Voltem a fazer a mesma operação e voltem a cobrir com a outra porção maior de massa.

Pincelem com uma gema de ovo batida com salsa e levem ao forno a cozer.

Comam bem quente....


Monday, January 09, 2006

ukraniano





Podia ser um russo... mas não é.
Por fora parece um russo...mas se olharem com atenção... lá por dentro não é bem um russo...
Pois não... realmente há ali qualquer coisa que não é de russo.

E é exactamente essa "qualquer coisa" que faz dele um ukraniano. É a tonalidade. É o chocolate!

Mas afinal o que é um ukraniano (nascido hoje e baptizado por moi même esta noite) ?

É uma espécie de russo que imigrou para oeste... e ao chegar ao litoral passou umas horas na praia e ganhou uma "corzinha". Substituiu o seu tom natural "de neve" por um tom achocolatado.

Passemos a factos.

Para a massa :

300g de açucar
5 ovos
125g de miolo de amêndoa moído
125g de miolo de noz moído
60g de farinha

Comecem por bater as claras em castelo.
De seguida batam as gemas com o açucar e quando começar a engrossar juntem a farinha peneirada, mecendo sempre.
De seguida juntem a noz e a amêndoa, mexendo bem.

Incorporem esta mistura nas claras em castelo, envolvendo-a levemente.

Levem a forno bem quente num tabuleiro forrado com papel vegetal.

Deixem esfriar e desenformem. Aparem os rebordos e cortem em dois pedaços de igual tamanho.

Para o creme :

200ml de natas frescas
150g de açucar
10g de gelatina em pó ou 5g de flocos de agar agar
3 colheres de sopa de cacau em pó
5 colheres de sopa de água a ferver

Batam as natas até atingirem cerca do triplo do volume inicial.
Entretanto juntem a gelatina e a água a ferver. Misturem bem e de seguida incorporem metade do cacau.
Juntem o açucar às natas batidas e batam mais um pouco. Juntem de seguida a mistura de cacau e continuem a mexer.
Finalmente adicionem o resto do cacau, misturem bem e levem ao frigorífico durante cerca de meia hora para ligar.

Recheiem o bolo com o creme e cubram-no com açucar em pó a gosto.

Wednesday, January 04, 2006

Imperial Torte



Foi a minha última verdadeira iguaria de 2005.
Quinta-feira, 00h30. O telefone tocou. Era o meu amigo V., contente, porque a A. lhe tinha trazido do Fortnum&Mason uma das famosas Imperial Torte, originárias do hotel com o mesmo nome em Viena, na Áustria.

Assim como as Sacher, as Imperial são ex-libris da doçaria vienense. Confesso que nunca tinha ouvido falar delas, eventualmente porque, e aí contrariamente às Sacher, a receita é mantida em segredo e o Hotel Imperial é o único a produzi-las. Estive em Viena uma única vez, teria os meus 19 anos, e apesar de a cidade me ter fascinado desde o primeiro momento, não foi preciso mais do que entrar num MacDonald's para desde logo a considerar quase proibitiva em termos de preços. Ou seja, Hotel Imperial nem vê-lo. Mesmo que o tivesse visto, desconhecia o que ele escondia.

Voltamos à madrugada de sexta-feira.
"Se estivesses em Lisboa até te dizia para vires cá a casa prová-la..."
Mas eu estou em Lisboa. E mesmo já de pijama vestido, mesmo não sendo propriamente horas de se visitar ninguém... eu tinha de provar a dita torte. "Do melhor que já comi", ouvi do outro lado.
Até já.

E foi assim que conheci esta nova amiga, a Imperial Torte. Sim, porque já a tomo como amiga, de tal forma foi a empatia gerada com o nosso contacto.



A ocultar uma sucessão de camadas de um fino financier de amêndoa e um creme de chocolate, porventura uma ganache de chocolate de leite, bem firme, uma câmada de massapão coberta por uma outra fina camada de chocolate de leite. Era disso que se tratava.

Irresistível. Óptima. Deliciosa. Subtil.

Comentário : É a AirBerlin ou a GermanWings que voa barato para Viena?

Sunday, January 01, 2006

Última Ceia

Bom ano, bom ano a todos. Que 2006 seja - pelo menos - melhor que 2005.
E agora passemos a coisas mais apetitosas... o meu jantar da passagem do ano, aqui ao vivo e a cores.
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Terrina de bacalhau com broa de Lamego
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Wok de frango e peru com risotto de sálvia


Trufado de chocolate branco com coração de framboesa
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Mil folhas de canela com ovos moles