xocolate

ponto de encontro dos amantes de chocolate... e doutras coisas doces, menos doces e salgadas

Wednesday, November 30, 2005

Morangos com... chocolate!



O que vos trago hoje é uma variação do trufado de chocolate da semana passada.

Basicamente é tudo idêntico - a base é de genoise de chocolate, o "corpo" do trufado é do tipo "mousse" - mas neste caso a mousse é de morango e não de chocolate. Creio que no final a ligação do morango e do chocolate funciona bem, até porque a mousse não é excessivamente doce e a genoise foi aromatizada com uma calda de açucar, limão e vodka.

A receita da mousse aqui fica :

Ingredientes:
500g de morangos
1/2 limão; 6 folhas de gelatina (12g)
2 decilitros de natas; 2 claras de ovos
6 colheres de sopa de açúcar em pó

Preparação:
Prepare os morangos e ponha-os a macerar numa tigela com sumo de limão durante 30 minutos, reduzindo-os depois a puré. Ponha as folhas de gelatina de molho em água fria, e quando estiverem moles escorra-as e derreta-as em banho-maria com 2 colheres de sopa de água. Junte-as ao puré de morangos, bata e deixe arrefecer introduzindo a tigela num recipiente com água fria até os bordos do preparado começarem a solidificar. Junte então as natas batidas, e bata as natas em castelo bem firme adicionando a pouco e pouco o açúcar em pó. Por fim junte a pouco e pouco as claras, misturando delicadamente.


E o resultado, está nas fotos. Espero que gostem.
(como podem ver a Pollux já deu frutos : usei os cortadores de massa para cortar o chocolate e o resultado ficou bastante natalício eheh - mas não tá pindérico, pois não?)

Tuesday, November 29, 2005

Advento


Bem sei que a ideia já não vem em tempo útil, mas mesmo atrasada...
Andava eu "googling" quando encontrei um site com umas coisas engraçadas (dentro do género, para quem gosta) que me suscitaram a ideia de fazer chocolates para um calendário de Advento.
Pena é que o passado domingo tenha já sido o 1º domingo de Advento, mas mesmo assim acho que ainda vou fazer qualquer coisa.
O dito site é A Ervilha Cor-de-Rosa e encontram-no em http://ervilhas.weblog.com.pt/
A autora, Rosa Pomar, conjuntamente com duas amigas - Hilda Portela e Ana Ventura - pelos vistos têm temporariamente uma loja no Picoas Plaza onde podemos encontrar os trabalhos de todas elas à venda. Aproveitem e visitem também o blog da Ana Ventura, com trabalhos em papel fantásticos : http://papeisportodolado.blogspot.com . Eu adorei.
Se os chocolates sairem bem - os moldes do Braz & Braz são aparentemente ideais para o efeito -, talvez ainda lhes compre um calendário para os poder arrumar...

Monday, November 28, 2005

pastéis-de-nata


Entre a Tropa da TVI e o Herman da SIC a minha escolha foi... fazer pastéis-de-nata.

Eu bem sei que grande parte do sucesso desta iguaria reside na massa folhada... mas mesmo assim resolvi "esquecer" esse assunto e comprei massa folhada já feita, congelada, no Feira Nova.

No entanto, para quem se quiser aventurar (e tiver tempo para...) a fazer a massa folhada, aqui segue a receita :

500 g de farinha
300 g água
10 g sal
400 g marg. para folhado

Amassar a farinha com a água e sal, fazer uma bola, cortar em forma de cruz até meio, puxar as pontas para fora (formar uma estrela de quatro pontas), colocar a margarina no centro e puxar as pontas para cima (envolver a marg.) com rolo estender a massa com aproximadamente 40×15 cm, dobrar 1×3 (volta simples) esperar 10 minutos e voltar a estender, dobrar 1×4 (volta de livro) esperar 10 minutos. Estender a massa até atingir a espessura de +- 4 mm salpicar com água em toda a extensão da massa.Enrolar tipo torta com diâmetro de mais ou menos 4 cm, cortar rodelas com 1 cm de espessura colocar nas formas, esperar 10 minutos.Molhe o dedo polegar em água carregue no centro da rodela e puxe a massa até ao cimo da forma. As formas referidas são o tamanho dos pasteis de nata das pastelarias.

Eu, como vos disse, fiz um "fast forward" nesta parte da massa e dediquei-me ao recheio, para o qual contei com :

0,5 L leite magro
275 g de açúcar
35 g farinha s/fermento (tipo 55)
sal q.b. (pitada)
Margarina q.b. (1 noz)
5 gemas
1 ovo

Pus o leite ao lume com a noz de margarina, até levantar fervura. Enquanto levantava fervura misturei o açucar com a farinha e o sal, mistura essa que incorporei no leite fervido, mexendo bem para não criar grumos e ficar homogéneo. Enquanto a mistura arrefecia um pouco bati bem as gemas e ovo inteiro com uma vara de arames e incoporei-as na mistura já arrefecida. Uma vez mais convém mexer bem para que as gemas fiquem bem misturadas e a mistura seja homogénea. Vão obter um líquido, não propriamente um creme como poderiam estar à espera.

De seguida foi só encher as forminhas, já com a massa lá dentro, e levá-las ao forno previamente aquecido a 250-300 graus.

A fase seguinte foi a melhor.... foi mesmo comê-los!

Máquinas do Tempo


Resolvi aproveitar parte da minha tarde de sábado para ir até à Baixa - o que em época natalícia é sempre agradável - e visitar dois daqueles lugares "míticos" cujos nomes ouvia desde criança, ora citados pela minha mãe ou pela minha avó.
Quem não se recorda do célebre slogan publicitário "O Braz & Braz tem!" ? Pois o Braz & Braz foi precisamente um desses lugares, sendo que o outro foi a "concorrente" Pollux. Para quem não saiba, o Braz & Braz fica na Travessa de S. Domingos (perto da Igeja de S. Domingos, por detrás do McDonald's do Rossio) e a Pollux fica na Rua dos Fanqueiros. A viagem entre ambas faz-se, obviamente, a pé.
Em período de Advento e inebriado pelo espírito natalício que assola já as nossas cidades, decidi que vou experimentar algumas receitas de biscoitos - quer o chocolate entre nelas quer não - e necessitava de comprar uns corta-massas. E era essa a ideia da minha pequena viagem.
Creio que a última vez que terei entrado em ambas as lojas foi certamente antes de ter deixado o ciclo preparatório... mas lá fui, na expectativa da surpresa. Foi como entrar uma Máquina do Tempo - quer a Pollux quer o Braz & Braz são aquele tipo de lojas que eu acho que só existem em Portugal. Ou melhor, que JÁ só existem em Portugal. Se algum dia precisarem de encontrar qualquer coisa que "antigamente havia" mas que nunca mais viram em lado nenhum, é praticamente certo que a encontrarão na Pollux ou no Braz & Braz. Estas duas lojas estão para os artigos de casa e cozinha como a generalidade das lojas de roupa da Baixa está para as multi-nacionais de pronto-a-vestir.
A experiência é realmente digna de se viver. Vale a pena perderem um bocado e visitarem estas lojas. Acho que serão incapazes de abandonar qualquer uma delas sem comprar qualquer coisa!
Eu por mim comprei o que procurava e o que não procurava. E a bom preço. Na Pollux foram 36 cortadores de massa, dos mais variados tamanhos e feitios, por cerca de €11,00. No Braz & Braz foram 24 moldes em inox para bombons por €2,70!
Claro está que quando lhes começar a dar uso, serão os primeiros a saber.

Friday, November 25, 2005

Chá e café

Trufado de chocolate aromatizado com chá verde
Coberto com ganache de chocolate branco aromatizada com xarope de menta
e envolvido em natas batidas com açucar e xarope de menta




Trufado de chocolate aromatizado com Chartreuse
Coberto com um disco de chocolate negro e branco
e envolvido em natas batidas com açucar, aromatizadas com café Davidoff, decoradas com chocolate negro

Thursday, November 24, 2005

Verde que te quero... verde



Dado o adiantado da hora não vou escrever grande coisa...
Apenas vos mostro (sem produção fotográfica "comercial") o meu trufado de chá verde já concluído e degustado... Amanhã prometo mostrar mais qualquer coisa e contar mais detalhes...
Have a good night sleep.

Wednesday, November 23, 2005

Et voilá!



Aqui está o trufado, versão "pronta-a-comer".
Foi um acabamento rápido, apenas desenformado e coberto com cacau em pó. Minimalista mas delicioso.
Prefiro decorações mais elaboradas/personalizadas em trufados de tamanho individual. Mas isso vai ser só logo à noite...

Trufados de Chocolate


A noite de hoje foi de trufados. A receita e o "modus operandi" foram adquiridos com o chef Eduardo Luzio, no Festival Internacional de Chocolate que decorreu em Óbidos no início do mês de Novembro.
O que está na foto é a "versão frigorífico", portanto ainda não finalizada nem empratada. Amanhã prometo mostrar-vos o produto final, mas não quis deixar de mostrar qualquer coisa só para abrir o apetite...

Comecemos pela base :
A base deste trufado é uma "genoise" de cacau, muito simples de fazer (as quantidades da receita são o dobro das que utilizei, pois para o que queria fazer não era necessário a receita inteira)

11 ovos inteiros
250g de açucar granulado
250g de farinha tipo55 (nada de Brancas de Neve nem farinhas com fermento)
50g de cacau (em pó)

Comecem por bater os ovos com o açucar com uma batedeira elétrica, até que o creme obtido triplique o volume inicial.
De seguida juntem a farinha com o cacau e peneirem-nos sobre o creme dos ovos com o açucar, envolvendo tudo lenta e suavemente com uma vara de arames. Quanto mais suave for este processo mais fofo ficará a genoise.
Antes disto já deviam ter o forno aquecido a 180 graus...
Vertam a massa sobre um tabuleiro (uma receita inteira justifica que usem dois tabuleiros com dimensões por volta de 30x40cm) que previamente forraram (sem untar o tabuleiro) com papel vegetal, daquele que é vendido em rolos nos supermercados (o do Feira Nova é o meu preferido) - desta forma quando o bolo estiver cozido, ao fim de cerca de 20-25 minutos, já estará completamente solto do tabuleiro, necessitando apenas que retirem o papel vegetal, o que se faz muito facilmente.
E está pronta a base do nosso trufado.
Agora é só cortá-la, bastando para isso que coloquem sobre ela os aros onde irão montar o trufado e cortem com uma faca pelo diâmetro interior do aro.

O trufado propriamente dito é um creme de chocolate e natas, que depois será montado sobre a base de genoise, em camada alternadas de bolo e creme.
Para o trufado contem com :

1 litro de natas ( aconselheram-me a marca ELLVY, mas como não a consigo encontrar - nem no El Corte Ingles - uso natas frescas da Longa Vida)
500g de chocolate (mínimo 55% de manteiga de cacau)
5 folhas de gelatina branca (do tamanho maior)
100g de açucar granulado
150g de água

Comecem por colocar as folhas de gelatina numa tijela com água fria para demolhá-la.
De seguida derretam o chocolate em banho-maria (cuidado para que não entre água para o recipiente onde está o chocolate, pois isso pode provocar grânulos no chocolate). Em simultâneo misturem a água com o açucar e levem também ao lume até levantar fervura.
Quando a calda de açucar começar a ferver, retirem-na do lume e juntem as folhas de gelatina previamente demolhadas emexam bem até as folhas se disfazerem por completo.
Quando o chocolate estiver derretido juntem-no à calda da açucar e gelatina, misturando bem com uma vara de arames até estar tudo envolvido.
Deixem repousar até arrefecer, mas tendo sempre o cuidado de ir mexendo de vez em quando para que a gelatina vá sendo quebrada.
Agora está na altura para bater as natas, até que o volume aumente sensivelmente até o triplo.
Depois do preparado do chocolate já estar frio (uma forma de o conseguirem mais rapidamente é passando para uma tijela de inox lavada e fresca) devem juntar-lhe 1/5 a 1/6 das natas batidas e bater tudo com a batedeira elétrica. Depois de bem misturado, envolvam-no nas restantes natas batidas com uma vara de arames, lenta e suavemente até obterem uma mistura rija, de cor homogénea. E está pronto o creme do nosso trufado.

Agora passamos à fase mais criativa desta receita. O que vos vou relatar é aquilo que fiz, mas podem introduzir algumas variantes, que adiante referirei.

Coloquem o aro de inox onde vão montaro trufado sobre um tabuleiro que sirva posteriormente de base para o levar ao frigorífico (vejam antes se ele lá cabe...)
No interior do aro, e com a mesma altura dele, coloquem uma tira de acetato. Para quem, como eu, faz esta receita em casa, sugiro que utilizem uma vulgar folha de acetato que previamente cortaram em várias tiras da mesma largura (igual à altura do aro) e que podem ligar entre si com fita cola, pela face exterior, para que não se desprendam.
Peguem agora no círculo de genoise que tinham cortado anteriormente e dividam-no em dois mais finos. De seguida coloquem um deles a servir de base, no interior do aro.

Agora surge uma das possíveis variações desta receita - a calda com que vão humedecer a genoise.

Comecem por fazer uma calda simples de iguais quantidades de açucar e água, que levam ao lume até começar a ferver. Agora podem aromatizar com o que entenderem. Eu hoje aromatizei com um pouco de licor de whisky (Bailleys), mas podem faze-lo com rum, com um licor de chocolate, um xarope de menta - deem largas à imaginação, experimentem!

Eu hoje além do trufado de maiores dimensões resolvi fazer também outro dois de tamanho "individual", cujas caldas aromatizei de duas formas diferentes. Uma delas foi com Chartreuse, um licor produzido pelos frades de Chartreux. A outra foi com uma colher de café de chá verde "matcha" - um chá verde em pó, usado na "cerimónia do chá". Adquiri-o na acolhedora e simpática loja do Museu de Macau, que fica ali na Rua da Junqueira, mesmo por detrás da antiga FIL -se gostam de chás, não percam! O preço esse não é acolhedor - 17 euros por 40g de chá - mas a qualidade do produto assim o justifica. A este chá verde prometo voltar brevemente, quando me aventurar num plágio, já à partida fracassado, das "truffes de chocolat au lait au thé vert matcha" da colecção Outono-Inverno do chef Pierre Hermé (www.pierreherme.com)

Voltemosao trufado... Humedeçam a genoise da base com a calda de açucar aromatizada ao vosso gosto. De seguida, com a ajuda dum saco de pasteleiro munido de um bico largo e generoso, comecem a encher o aro com o creme de chocolate. Primeiro todo o contorno (para que quando o desmontarmos a parede exterior seja lisa e compacta) e depois o centro. Uma vez cheio com uma camada generosa de creme, colocamos o outro círculo de genoise sobre a camada de creme. Voltamos a humedece-la com a mesma calda de açucar. Atençao que esta segunda camada de genoise funciona melhor (em termos do aspectofinal do trufado) se tiver um diâmetro ligeiramente inferior ao do aro, de modo a não ser vista pelo exterior e só apenas quando o trufado for cortado. O processo segue como anteriormente, com nova camada de creme, novamente começando pelo contorno e cobrindo de seguida todo o aro, até ao topo. No final, com uma espátula, alisa-se a superfície eliminado todo o excesso de creme que possa ali ter sido colocado. E está pronto a ir ao frigorífico.

Outra variante que podem utilizar prende-se com as camadas do interior do trufado. Nesta caso foi muito simples, mas podem enriquece-lo com alguns frutos frescos por exemplo, ou com um puré de frutas qu previamente congelaram em pequenos pedaços e que ali os colocam por entre o creme. Desta forma, quando chegar a hora de cortar o trufado surgirá uma agradável surpresa.

E por hoje fico-me por aqui...amanhã continuamos com a finalização, que também pode ter inúmeras variantes, ao gosto de cada um.

Monday, November 21, 2005

Os meus primeiros bombons de molde


Estes são os primeiros bombons que fiz utilizando um molde próprio para o efeito.
Confesso que estava receoso quanto ao resultado, mas ainda assim, para uma primeira vez, e tendo em conta que não tinha termómetro para ver se o chocolate estava suficientemente destemperado, não sairam nada mal, o que acham?
O molde comprei-o na sexta-feira ao final do dia, numa loja de equipamentos de hotelaria chamada Nortel, que fica na esquina na Rua dos Anjos com a Avenida Almirante Reis. Eu sei que são um bocado pindéricos, mas era o que havia... as alternativas eram ovos de Páscoa ou grãos de café... e eu tinha de experimentar rapidamente, portanto não houve lugar para esquisitices!
O resultado foi básico - chocolate negro por fora, ora com uma ganache simples (200g chocolate c/ 200g de natas) no interior, ora com uma pasta de avelãs torradas e moídas envolvidas pela mesma ganache utilizada nos restantes bombons. A ideia foi mesmo "ver o que saía". Nem todos se soltaram dos moldes confesso, mas a maioria saiu em boas condições, praticamente sem vestígios de bolhas de ar, embora o brilho do chocolate pudesse obviamente ser mais apurado.
Sábado à noite comecei por iniciar o enchimento dos moldes e fazer a ganache. Dei 3 horas para a ganache repousar e aproveitei para ir ao cinema - fui ver o Flightplan com a Jodie Foster, deu para passar o tempo mas não passou disso. Quando regressei a casa enchi os moldes com a ganache, deixando espaço para a camada final de chocolate, que verti algum tempo depois, com uma leitura do Expresso pelo meio. No domingo ao final da tarde já tinha bombons.

XXXocolate : o Fiel Amigo


Bem-vindos ao XXXocolate.
Resolvi criar este blog com o intuito de trocar experiências, opiniões, sugestões, sensações... que tenham em comum este elemento : o chocolate.
Apelo à participação de todos os amantes e apreciadores de chocolate : sugiram receitas, falem-nos daquela loja escondidinha que tem uns chocolates óptimos mas que ninguém conhece, daquela sobremesa que comeram num restaurante e que nunca mais esqueceram, nas viagens que fizeram e onde encontraram chocolate, naquele café na vossa rua (ou noutra qualquer) cujos bolos de chocolate são a vossa perdição, daquela marca de bombons que adoram, daquele livro com receitas de chocolate, etc, etc...
Espero que este se torne um ponto de encontro e de convívio saudável, ainda que com algumas calorias a mais...